A decisão do ministro Alexandre de Moraes revoga autorizações de encontros com Jair Bolsonaro e encerra privilégios que o entorno do ex-presidente tinha em prisão domiciliar

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro provocou uma guinada institucional abrupta. Entre as medidas mais simbólicas: o cancelamento imediato de todas as visitas previamente autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal ao ex-presidente.

Governadores como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ronaldo Caiado (Goiás) e Cláudio Castro (Rio de Janeiro) estavam na lista de visitantes autorizados — todos viram sua entrada barrada após o novo despacho de Moraes.

Segundo o despacho, a medida visa garantir “a ordem pública” diante da vigília convocada por Flávio Bolsonaro e da tentativa de violação do monitoramento eletrônico do ex-presidente.

Para nós, brasileiros que observamos o colapso dos privilégios da vassalocracia bolsonarista, esse episódio marca um ponto de inflexão. O sistema de privilégios que sustentava líderes alinhados à extrema-direita (vassalocrata) começa a ruir sob o peso da própria institucionalidade. O que antes se dava como “visita cerimonial” transforma-se em ato sob vigilância extrema.

As consequências não se limitam à agenda simbólica: trata-se de mandar a mensagem de que não há “exceção” para quem encabeçou o projeto golpista. Que a operação política de proteção, encontros discretos e mobilizações fora dos olhares não escapam mais ao controle do Estado democrático de direito. O recado é claro: em um Brasil que se valoriza soberano, não há espaço para privilégios extrajudiciais.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.