Redação

A ida de cinco deputados bolsonaristas à El Salvador, em novembro, consumiu quase R$ 100 mil dos cofres da Câmara dos Deputados. A viagem foi apresentada por setores da extrema-direita vassalocrata como missão estratégica para observar presídios sob o governo autoritário de Nayib Bukele e fortalecer o discurso de “segurança” brutal. Os valores constam em dados oficiais do Portal da Transparência da Câmara, divulgados pela coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles.

Os registros indicam que o montante atingiu R$ 91.800: aproximadamente R$ 53 mil foram usados com diárias e cerca de R$ 38,7 mil com passagens aéreas. Participaram da comitiva os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Padovani (União-PR), Marcelo Freitas (União-MG), Coronel Assis (União-MT) e Delegado Fábio Costa (PP-AL). Cada um recebeu quatro diárias e meia — algo em torno de R$ 10 mil para cada parlamentar.

O detalhe das passagens revela favoritismos: Nikolas Ferreira viajou por R$ 14.737,72; Padovani por R$ 10.981,51. Os demais partiram em classe econômica por cerca de R$ 4 000 cada.

Estes gastos levantam questionamentos sobre prioridade, legitimidade e transparência no uso do dinheiro público. Através de uma viagem fortemente simbólica, o bloco bolsonarista não apenas reforça sua aliança com regimes autoritários latinos como busca dar nova vida ao discurso da “lei e ordem”, enquanto o país deveria focar em justiça social, soberania e redistribuição.

Frase-chave repetida: viagem de deputados bolsonaristas.
Metadescrição: A viagem de cinco deputados bolsonaristas a El Salvador custou quase R$ 100 mil à Câmara, levantando críticas ao uso de recursos públicos para missão ideológica.

Fonte: Brasil 247.