Em pronunciamento na Fox News, Donald Trump afirmou que “algumas tarifas” sobre café serão rebaixadas, o que pode beneficiar exportadores brasileiros, mas sem definir países ou prazos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que pretende reduzir “algumas tarifas” aplicadas à importação de café, em entrevista ao programa The Ingraham Angle na rede Fox News. Ele não especificou os países abrangidos nem o montante da redução — o que deixa o Brasil, um dos principais fornecedores globais, à espera de detalhes concretos.

Segundo reportagem do portal O Tempo, Trump afirmou: “Nós vamos baixar algumas tarifas sobre o café, e vamos ter algum café entrando [nos EUA]”. A declaração se dá em meio a uma sobretaxa de 50% que havia sido aplicada aos grãos brasileiros desde agosto.

Por que isso importa para o Brasil

  • O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de café e um eventual corte tarifário pode abrir espaço para retomada ou aumento das vendas ao mercado americano.
  • Entretanto, a ausência de especificações por parte de Trump gera incerteza: sem clareza sobre quais países serão beneficiados ou em que escala, o setor não pode ainda festejar.
  • A medida deve ser analisada à luz da lógica do comércio internacional: se as tarifas forem reduzidas, pode haver ganhos para produtores brasileiros; se mantidas ou ajustadas apenas de modo simbólico, o impacto será baixo.

Riscos e armadilhas

  • A iniciativa de Trump pode estar condicionada a negociações mais amplas de “acordos comerciais” em que o Brasil teria de conceder algo em troca — risco de nova dependência ou cedência ao bloco estadounidense.
  • Sem definição clara, mercados e exportadores brasileiros permanecem vulneráveis a mudanças de última hora ou recuos.
  • A falta de transparência alimenta especulações de que o anúncio seja mais retórico do que efetivo — conforme o padrão recente de tarifas do governo Trump.

Contexto internacional

A decisão de Trump ocorre em meio a uma política tarifária agressiva dos EUA, que em 2025 impuseram taxas elevadas a diversos produtos importados sob o argumento de reduzir o déficit comercial. O anúncio de corte no café representa contraste com essa linha e pode indicar redirecionamento dos esforços diplomáticos e comerciais norte-americanos.

O que esperar a seguir

  • O setor cafeeiro brasileiro aguarda que o governo federal cobre do Ministério das Relações Exteriores e da embaixada em Washington pressões para esclarecimento dos detalhes do anúncio.
  • Monitoramento de empresas exportadoras será intensificado: qualquer avanço concreto será repercutido como conquista diplomática brasileira.
  • Fica o alerta: se a redução for apenas parcial ou simbólica, poderá ser vista como manobra de Trump para conquistar apoio eleitoral nos EUA ou como nova pressão sobre Brasil em negociação comercial.

Fonte: O Tempo

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