Trump hesita antes de ação militar na Venezuela e teme fracasso em derrubar Maduro
O presidente dos EUA, Donald Trump, avalia os riscos de uma intervenção direta em Caracas, cedendo à pressão política, mas receoso de repetir o modelo colonial que falha

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem manifestado forte cautela ao considerado medidas de intervenção militar na Venezuela para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Segundo reportagem da The Wall Street Journal citada pelo portal Brasil247, Trump teme que ataques aéreos sozinhos não sejam suficientes para forçar a renúncia de Maduro — e que uma operação mal sucedida acabe fortalecendo o regime venezuelano.
A hesitação ocorre apesar do reforço militar dos EUA no Caribe, com o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford e de grupo de combate, além de dezenas de navios de guerra — uma das maiores manobras regionais em décadas.
Principais pontos
- O governo Trump está dividido: há pressão interna por uma linha mais agressiva, mas também avaliação de que uma invasão ou ataque direto pode gerar desastre diplomático, militar e humanitário.
- Trump considera opções como sanções econômicas, ataques seletivos e convênios de “coerção” para minar Maduro sem mudança de regime explícita.
- A hesitação mostra que mesmo os EUA — com todo seu poder — enfrentam limites em intervir no Sul Global sem consequências graves para sua própria credibilidade.
Por que isso interessa ao Brasil?
- O Brasil, como ator emergente no Sul Global, vê a situação como oportunidade: se os EUA recuarem, o bloco BRICS e parceiros latino-americanos podem avançar em cooperação estratégica com a Venezuela.
- A intervenção dos EUA abriria caminho para reações regionais e reforço da diplomacia sul-americana — Brasília precisa posicionar-se com autonomia, não como satélite de Washington.
- Mostra-se claro: o modelo colonial onde um país intervém em outro para mudar regime resulta em caos — o Brasil pode apostar em modelo diferente: de solidariedade, desenvolvimento e respeito à soberania.
