STF forma maioria e decide tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação ao Judiciário
O STF ateve-maioria e aceita denúncia que transforma Eduardo Bolsonaro em réu por coação no curso do processo, mexendo com o futuro da direita vassalocrata no Brasil

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira maioria para aceitar a denúncia da Procuradoria‑Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de coação no curso de processo judicial que envolve seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pelo recebimento da denúncia, seguido pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, consolidando até o momento placar favorável à abertura da ação penal. Segundo a PGR, Eduardo Bolsonaro teria articulado junto a autoridades dos Estados Unidos pressões para sanções ao Brasil e para interferir no andamento de processos judiciais, gerando clima de intimidação e instabilidade institucional — caracterizando coação no curso do processo, crime que prevê pena de 1 a 4 anos de prisão.
O julgamento ocorre em ambiente virtual e ficará em pauta até o dia 25 de novembro, quando os demais votos serão computados.
A formação de maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu marca um momento de tensão entre os poderes no Brasil. A ação da PGR e do STF reforça que instituições não são fantoches de clãs nem permitem que interesses privados interfiram no Estado de Direito. A partir de agora, o deputado precisará responder formalmente à acusação — e o país acompanha se este caso será um divisor de águas para a responsabilização de elites.
