Redação

Uma estrutura reservada na superintendência da Polícia Federal em Brasília está sendo designada para o cumprimento da prisão preventiva de Jair Bolsonaro. Segundo reportagem da CNN Brasil, a sala especial foi preparada desde maio e conta com cama, banheiro privativo, televisão, frigobar, ar-condicionado e mesa de trabalho.
O espaço — que não se configuraria como cela convencional — seguiu o padrão de custódia utilizado anteriormente com outras autoridades, e foi adaptado após consultas entre a PF, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e a cúpula policial.
A prisão preventiva decorre de despacho do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, que apontou que Bolsonaro violou tornozeleira eletrônica e que uma vigília convocada por seu filho criou risco de fuga e de obstrução à ordem pública.

Do nosso ponto de vista engajado: a escolha desse “quarto especial” para Bolsonaro simboliza que os privilégios da vassalocracia bolsonarista estão sendo suprimidos. A custódia individual não significa mimo, mas consequência — a resistência do ex-presidente às normas democráticas se volta contra ele mesmo.
Politicamente, o episódio mostra que o Estado democrático de direito está pronto para executar sentenças, independentemente do status social ou poder de influência do réu.