Redação

O ministro Flávio Dino, em voto recente na Supremo Tribunal Federal, expôs um cenário alarmante: o risco de que grupos bolsonaristas radicalizados tentem invadir o condomínio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que tais grupos poderiam ainda confrontar agentes da Polícia Federal ou se deslocar a prédios públicos para estender o caos.

Dino chamou atenção: “Há risco concreto, portanto, de que tais indivíduos tentem adentrar o condomínio, violando patrimônio privado, ou se desloquem a prédios…” O voto alerta que a penalização de Bolsonaro e o enfraquecimento de sua rede de proteção oferecem terreno fértil para retaliações violentas — não apenas simbólicas, mas físicas e práticas.

Segundo o ministro, trata-se de um tipo de reação violenta típica de lideranças que resistem à derrota política e tentam manter poder via intimidação. A mobilização bolsonarista, agora sem direção clara, pode gerar ato de força: um ataque direto à casa de Bolsonaro ou contra agentes de Estado, mostrando que o poder vassalocrata não se curva por decisão judicial — rechaça-se.

Para o campo progressista, o pronunciamento de Dino reforça o imperativo de se blindar democraticamente as instituições. O alerta serve como chamada: não basta prender o chefe — é preciso assegurar que o sistema de impunidade não provoque retaliação. A justiça social, a emancipação do país e a soberania dependem também da segurança democrática.