Aliados exigem que o ex-presidente reaja e controle a família que ameaça o núcleo do bolsonarismo

O ex-presidente Jair Bolsonaro vive um silêncio cada vez mais constrangedor — e seus próprios aliados começam a cobrar alto pelo preço da omissão. A frase-chave: “pressão de aliados sobre Bolsonaro para romper o silêncio” aparece em meio a sinais claros de desgaste político e familiar.

Preso há meses, ele resiste a emitir qualquer pronunciamento ou bilhete público. Enquanto isso, os dois filhos centrais do clã, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, avançam em disputas internas, minando o próprio legado do pai e transformando o bolsonarismo em campo de guerra.

Aliados históricos afirmam que Eduardo e Carlos “pensam só neles” e, com seus ataques a dirigentes e representações estaduais, jogam o pai para escanteio. Uma dessas frentes de atrito: o filho Carlos articula candidatura ao Senado em Santa Catarina por fora da estratégia nacional do partido — e isso gera resistência da base local.

A cobrança dos aliados não é apenas uma questão familiar — virou litmus-test para a sobrevivência política do bolsonarismo como bloco coeso. Sem uma voz de comando clara, o movimento vira refém de impulsos e vaidades individuais. Logo, a pressão sobre Bolsonaro para “dar um jeito nos filhos” traduz uma exigência de liderar — ou perder os trunfos que ainda restam.

Se Bolsonaro optar por permanecer mudo, o custo pode ser alto: a narrativa da direita vassalocrata perde unidade. Se reagir, será visto como admitindo que perdeu o controle — uma guinada que ele, históricamente, reluta em dar.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.