Diretório paranaense recusa apoio a Moro, pressionando União Brasil a rever aliança para 2026

Nesta segunda-feira (8 de dezembro de 2025), o diretório estadual do PP no Paraná decidiu, por unanimidade, vetar a candidatura de Sérgio Moro ao governo do estado nas eleições de 2026. A decisão significa que o partido não dará aval nem apoio formal à postulação de Moro — ainda que ele seja filiado à União Brasil.

A resolução agrava o racha dentro da federação União Progressista, que reúne PP e União Brasil. A federação, registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), exige candidaturas unificadas — mas a recusa do PP a Moro expõe divergências profundas entre as siglas.

Dirigentes do PP argumentam que Moro não consolidou apoio interno, e sem respaldo institucional e consenso partidário não haveria como viabilizar sua candidatura via federação. Já a cúpula da União Brasil — por meio de seu presidente nacional Antônio de Rueda — classificou o veto como “arbitrário” e afirma que continuará defendendo o nome de Moro, acusando o PP de dificultar o entendimento da aliança.

A disputa interna indica que, para que Moro de fato concorra ao governo do Paraná, ele pode ter que deixar a federação — ou então gerar um impasse formal na convenção partidária. O deputado federal Ricardo Barros, líder do PP no estado, chegou a sugerir que o senador busque outra legenda caso queira manter a candidatura.

A decisão expõe a fragilidade da aliança: embora oficialmente unificada desde 2025, a União Progressista revela tensões ideológicas e regionais. O veto a Moro mostra que interesses locais — como a manutenção da base de apoio ao atual governador Ratinho Júnior (PSD) — ainda prevalecem sobre acordos nacionais.

Com o impasse, cresce a especulação de que a federação poderá se romper — ou ao menos chegar às eleições de 2026 fragilizada e sem consenso sobre candidatos ao governo do Paraná. A indefinição impacta também as chapas proporcionais e a estratégia de centro-direita para o estado.

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