Diretórios estaduais de siglas que compõem a federação União Progressista vetam o nome do senador, criando impasse eleitoral e pressionando negociações sobre palanques em 2026

O senador Sergio Moro (União-PR) enfrenta resistência formal de partidos aliados à tentativa de disputar o governo do Paraná nas eleições de 2026, com diretórios estaduais vetando seu nome e complicando sua viabilização como candidato dentro da federação que integra com o PP e outras siglas.

Moro — ex-juiz da Lava Jato e figura central de uma das principais frentes conservadoras do país — tem tentado consolidar um projeto estadual que o lance como concorrente ao Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense. No entanto, partidos como o Progressistas (PP) no Paraná já declararam que não validarão sua candidatura, retirando apoio institucional e criando um cenário de dificuldade para sua oficialização.

Vetos internos e impasse na federação

O diretório estadual do PP no Paraná anunciou, por unanimidade, que não homologará a candidatura de Moro ao governo estadual em 2026, decisão que pressiona as negociações internas da federação denominada União Progressista — formada pela união entre PP e União Brasil. A decisão foi tomada em reunião recente e representa um obstáculo direto à estratégia de campanha do senador, que depende da aliança partidária para registro e apoio eleitoral.

Segundo dirigentes do PP, a rejeição se deve tanto a resistências internas quanto ao alinhamento do partido com o governador Ratinho Júnior (PSD-PR), favorecendo a manutenção de um projeto local liderado pelo atual grupo no estado, em vez de uma candidatura alternativa que fragmentaria o campo governista.

A pressão partidária se estende a outras siglas que compõem o mesmo campo político, deixando Moro sem um caminho claro dentro da federação para consolidar sua postulação ao cargo majoritário.

Alternativas e resistências partidárias

Com o veto do PP, aliados de Moro têm considerado alternativas nos bastidores, como procurar legenda fora da federação que abrace sua candidatura ou tentar negociar uma acomodação em outro partido. No entanto, esse movimento tende a aprofundar a fragmentação das alianças e a ampliar o isolamento do senador no tabuleiro eleitoral estadual até o momento.

A resistência dos partidos também reflete cálculos internos sobre as alianças estaduais e nacionais para 2026, com líderes avaliando que uma candidatura própria dentro da federação poderia prejudicar estratégias políticas mais amplas, como o fortalecimento de bancadas em cadeiras legislativas ou a manutenção de apoios a outras candidaturas tidas como mais competitivas.

Repercussões e cenário eleitoral

A rejeição da candidatura de Moro ao governo do Paraná aprofunda os desafios do ex-juiz para se posicionar como protagonista eleitoral fora do eixo federal. Apesar de aparecer em pesquisas com certa repercussão em cenários nacionais, sua capacidade de consolidar apoios institucionais no âmbito estadual tem enfrentado obstáculos significativos.

A situação também pressionou os partidos que compõem a União Progressista, pois um impasse como esse pode comprometer a coesão da federação e impactar outros planos eleitorais em estados estratégicos.

Enquanto isso, o projeto eleitoral no Paraná segue em aberto, com nomes ligados ao grupo de Ratinho Júnior ou de outras forças políticas locais ganhando espaço, e a possibilidade de Moro ter de buscar outra legenda ou ajustar sua estratégia eleitoral no estado se torna cada vez mais real.

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