Tentou se fazer de vítima e acabou desmascarado em juízo

O autoproclamado “coach messiânico” Pablo Marçal sofreu mais uma derrota judicial — desta vez, para o empresário Igor Galvão, sobrinho da ex-presidenta Dilma Rousseff. O caso, julgado em Brasília, terminou com uma bronca pública da juíza, que apontou “má-fé” e “uso político da Justiça” por parte de Marçal.

Marçal havia processado Igor por suposta “ofensa à honra” após ser criticado nas redes sociais. O problema é que o coach tentou inverter o jogo: quis posar de vítima enquanto espalhava discurso de ódio e desinformação política. A magistrada não só rejeitou o pedido, como ainda destacou que “a liberdade de expressão não pode ser suprimida por figuras públicas que se incomodam com críticas”.

Na sentença, a juíza enfatizou que figuras públicas — especialmente aquelas que vivem de polêmicas e autopromoção — devem tolerar críticas, e não usar o Judiciário como escudo. A decisão reforça que a Justiça não é palco de estrelismo nem ringue de vaidades políticas.

A derrota é simbólica. Marçal, que se lançou em cruzada política travestida de “movimento espiritual”, vem colecionando processos e polêmicas. Já foi acusado de propagar fake news, de cooptar fiéis com promessas místicas e até de se apropriar de discursos religiosos para fins eleitorais. Agora, viu seu teatro ruir diante de uma sentença que colocou os pingos nos “is”.

Enquanto isso, o sobrinho de Dilma — que apenas exerceu o direito à crítica — sai fortalecido. Mais do que uma disputa pessoal, o caso expõe o uso abusivo da Justiça por figuras que tentam censurar adversários com base em egolatria e manipulação midiática.

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