Mulher de Alexandre Ramagem se manifesta nos EUA e clama “perseguição política” após prisão preventiva decretada pelo STF
Enquanto Ramagem cumpre ordem judicial de prisão preventiva, sua esposa, Rebeca Ramagem, aparece nos EUA anunciando mudança da família e acusando o STF de agir contra a liberdade política

Em pronunciamento realizado nos Estados Unidos, a delegada Rebeca Ramagem afirmou que a saída do país com o marido, o deputado federal Alexandre Ramagem, e as filhas foi motivada por “uma perseguição política desumana” após a decisão do Supremo Tribunal Federal de decretar a prisão preventiva do político.
Segundo a declaração, publicada enquanto o casal e as crianças estavam em solo norte-americano, a mudança visa proteger o núcleo familiar — Rebeca disse não enxergar mais, no Brasil, “garantia de justiça imparcial” e afirmou que a família se considera vítima de lawfare.
A prisão preventiva de Alexandre Ramagem foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes após a constatação de que o parlamentar teria deixado o Brasil sem autorização e estaria em Miami, nos Estados Unidos. Mesmo assim, a esposa garante que há possibilidade de retorno futuro e que o engajamento político da família continuará, mesmo no exílio temporário.
Para nós, brasileiros, essas declarações não são apenas um recurso retórico: revelam o uso político do deslocamento internacional como escudo e narrativa de perseguição. Enquanto o STF age para conter mecanismos de fuga e evasão de réus condenados, a defesa busca virar o enredo e transformar o acusado em vítima — a história de “família em perigo nas mãos do Estado”.
Mas a verdade é que a prisão preventiva tem base em gravidade institucional: descumprimentos, fuga, risco. A saída para o exterior só reforça ao Estado — e à própria sociedade — a necessidade de aplicar a lei de forma rigorosa e igualitária.
