Redação

Em decisão divulgada nesta manhã, o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal afirma que Jair Bolsonaro tentou romper a tornozeleira eletrônica às 0h08 do dia 22/11/2025, como parte de uma estratégia de fuga combinada com a vigília convocada por seu filho Flávio Bolsonaro.

De acordo com o despacho, o Centro de Integração de Monitoramento Integrado do Distrito Federal teria registrado a violação do equipamento, indicando “intenção do condenado de romper a tornozeleira para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.
A vigília, organizada por Flávio Bolsonaro para mobilizar apoiadores em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, foi apontada por Moraes como “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, configurando risco elevado à ordem pública.

Para nós que defendemos justiça social e ruptura com privilégios da vassalocracia bolsonarista, esse episódio revela um núcleo simbólico e material: a tornozeleira rasgada simboliza a fuga — não só física, mas institucional — da responsabilidade. A vigília convocada como máscara, um teatro de massas à serviço da impunidade. A resposta institucional mostra que o Estado democrático de direito não aceita esse tipo de manobra: a decisão de prisão preventiva — com base no risco concreto de fuga — sinaliza que o Judiciário está firme.

A consequência para o cenário político brasileiro é dupla. Primeiro: o sistema de privilégios do núcleo bolsonarista recebe um golpe significativo — essa ação não será “mais uma mobilização de fim de semana”, mas alvo de ação legal. Segundo: abre-se uma janela de oportunidade para que se debata, de fato, a soberania nacional enquanto desmontamos o dispositivo simbólico que sustentava o retorno da vassalocracia ao poder.