Ex-primeira-dama divulga nota pública após racha no clã Bolsonaro e acusa Ciro Gomes de “raposa política”, reafirmando que repudia aliança do PL com o ex-governador do Ceará

Michelle Bolsonaro rompeu o silêncio nesta terça-feira (2) após a tensão pública com os filhos do ex-presidente e usou as redes para reafirmar seu posicionamento contra a articulação do PL-CE com Ciro Gomes — reacendendo uma disputa interna que mistura sangue, poder e ambição.

Na nota, ela afirma respeitar a opinião dos “enteados”, mas destaca que pensa diferente e exerce seu direito à “liberdade e sinceridade”. Michelle reconhece que o clima está “tenso” no seio familiar, admite o risco de ferir pessoas queridas, mas defende que “antes de ser política” é mulher, mãe, esposa — e que não aceitaria compactuar com alianças que, a seu ver, traem os valores do bolsonarismo.

Sobre Ciro Gomes, Michelle não economizou adjetivos: classificou-o como “raposa política”, lembrando os xingamentos e críticas que ele dirigiu a Jair Bolsonaro. Argumentou que “não podia ficar calada diante desses acontecimentos” e que não aceitaria dar apoio “a quem tanto mal causou” ao marido e à família.

Para tentar amenizar a crise interna, ela finalizou a nota pedindo perdão aos enteados, afirmando que não teve intenção de contrariá-los — mas reafirmou que discorda da aliança, mesmo que esta tivesse aval (ou fosse vontade) de Jair Bolsonaro — que, segundo ela, não chegou a se manifestar sobre o apoio a Ciro.

Esse movimento público de Michelle evidencia — mais uma vez — que o clã Bolsonaro vive um momento de conflito aberto sobre quem define os rumos do “bolsonarismo”: se os filhos consolidados com espaço no partido, ou a ex-primeira-dama buscando afirmar voz própria. A crítica a Ciro Gomes e a defesa de coerência ideológica são o novo capítulo dessa disputa.

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