A disputa por influência dentro da família se escancara nas redes

Dados recentes de um estudo da Ativaweb apontam que Michelle chegou a 7,6 milhões de seguidores no Instagram — ultrapassando os filhos mais antigos, que teriam cerca de 7,0 mi (Eduardo), 6,1 mi (Flávio) e 3 mi (Carlos) respectivamente. Apesar desse crescimento, o levantamento também revela limitações: o público de Michelle é majoritariamente conservador, religioso e com menor alcance fora da bolha tradicional da base bolsonarista, o que reduz seu poder de mobilização para além desse núcleo.

A controvérsia recente — quando Michelle criticou a aproximação de parte do partido à candidatura de Ciro Gomes — detonou a reação dura dos filhos, que acusaram a ex-primeira-dama de agir de forma “autoritária” e de atropelar decisões familiares e partidárias. Esse embate público deixa claro que, embora Michelle esteja investindo pesado em visibilidade digital e narrativa própria, ela enfrenta resistência interna que limita seu domínio.

O cenário — portanto — não é de conquista consolidada, mas de disputa: Michelle tenta reescrever quem “fala por” o bolsonarismo na arena digital e política. Se vai conseguir impor sua liderança, ainda depende de como os filhos — e sobretudo a base — vão reagir.

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