A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manifestou publicamente apoio à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026. Num post em suas redes sociais, ela desejou que “Deus te abençoe, Flávio”, pedindo sabedoria e força para o “novo caminho pelo nosso amado Brasil”.

O gesto vem dias após o presidente nacional do Partido Liberal (PL) confirmar formalmente a decisão de apoiar Flávio como nome do partido para a disputa. A declaração de apoio de Michelle representa um reforço simbólico e familiar à candidatura — mas também escancara fissuras no núcleo bolsonarista.

Fontes que acompanham a dinâmica interna relatam que o apoio de Michelle — até então tido como figura discreta — gera desconforto em setores do PL que veem na candidatura de Flávio um risco eleitoral alto. A reaproximação da ex-primeira-dama com o candidato principal evidencia a tentativa de manter coesão e controle sobre as disputas internas do clã.

Para quem combate o autoritarismo e defende democracia, esse apoio público de Michelle revela o esforço do bolsonarismo em reconstruir força através da lealdade familiar — mesmo com o ex-presidente afastado da disputa. Mas também expõe a instabilidade de um projeto que depende mais de lealdades pessoais do que de apoio popular real.

Se Flávio for realmente confirmado como candidato, será fundamental observar: este apoio é sinal de unidade ou de desespero político? E para nós que lutamos por justiça social — a advertência é clara: não podemos subestimar a capacidade de rearticulação da extrema direita, mesmo diante dos próprios conflitos internos.