Marina Silva avalia voltar ao PT e disputar o Senado em São Paulo em 2026
Conversas avançam sobre refiliação da ministra ao Partido dos Trabalhadores com apoio de Lula, visando fortalecer chapa competitiva para as eleições do próximo ano

A ministra do Meio Ambiente e deputada federal Marina Silva tem avançado em conversas para retornar ao Partido dos Trabalhadores (PT) e disputar uma das vagas ao Senado Federal por São Paulo nas eleições de 2026. A movimentação política ocorre com o aval de lideranças petistas e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na busca por consolidar uma chapa eleitoral competitiva no estado mais populoso e estrategicamente importante do país.
Segundo relatos de fontes que acompanham as negociações, políticos do PT e aliados veem em Marina uma figura de alto apelo eleitoral e com capacidade de agregar votos além da base tradicional da legenda — especialmente entre eleitores urbanos e ambientalistas que seguem sua trajetória histórica no cenário político nacional.
Conversas de refiliação e estratégia eleitoral
As negociações para a refiliação de Marina ainda estão em andamento, mas interlocutores próximos afirmam que existe disposição da ministra de aceitar a proposta, desde que as conversas avancem em termos que consolidem uma coligação forte em São Paulo. O objetivo central é montar uma aliança que possa ampliar a visibilidade nacional e garantir uma disputa equilibrada frente às forças políticas adversárias em 2026.
No PT, dirigentes consideram Marina um nome capaz de fortalecer o projeto eleitoral no estado, potencialmente integrando a chapa majoritária com outras lideranças, como a ministra Simone Tebet (MDB). Há ainda discussões sobre o papel de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que também é cotado para disputar uma vaga ao Senado ou até a corrida pelo governo paulista, dependendo do arranjo final da aliança.
Recuperação e retomada das conversas
As tratativas internas haviam sido brevemente interrompidas no início de dezembro, após Marina sofrer uma pequena fratura na coluna, o que a deixou hospitalizada e, desde então, em recuperação em casa. A pausa nos diálogos foi acertada entre as partes, mas aliados indicam que as conversas serão retomadas à medida que ela retoma suas atividades políticas e se prepara para a próxima temporada eleitoral.
Alternativas e possibilidades
Apesar do foco na possibilidade de disputar o Senado por São Paulo, Marina teria descartado, até o momento, a hipótese de concorrer à Câmara dos Deputados caso sua candidatura majoritária não se concretize — afirmando que suas aspirações políticas estão voltadas a posições que contribuam de forma mais ampla ao debate nacional e à estratégia do campo progressista.
Fontes consultadas indicam que, além de seu histórico político, Marina traz um conjunto de temas — especialmente ambientais e de sustentabilidade — que dialogam com segmentos importantes da sociedade e que podem resultar em impacto positivo para a campanha petista em São Paulo e no conjunto da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil).
Relevância para a eleição de 2026
A possível filiação de Marina Silva ao PT, se concretizada, sinalizaria um movimento político degrande relevância para as eleições de 2026, dada sua trajetória de destaque nacional e capacidade de atrair eleitores além das bases tradicionais. Em um cenário político já marcado por polarizações e desafios para as alianças de centro-esquerda, sua presença na chapa poderia reconfigurar debates sobre sustentabilidade, democracia e participação feminina em espaços de alta visibilidade eleitoral.
O desfecho das negociações ainda não é público, mas o avanço das conversas com o PT sugere que as articulações serão um dos principais temas do início de 2026 para as lideranças progressistas, especialmente em um estado decisivo como São Paulo, que concentra milhões de eleitores e pode definir rumos importantes para os blocos políticos na sucessão presidencial e legislativa.
