Pastor Silas Malafaia critica jornalista Rodrigo Constantino por questionar sua reprovação ao uso da bandeira americana em ato político, e o chama de “Bolsominion”; confronto expõe divisões no discurso de direita

Brasília/São Paulo — O pastor Silas Malafaia subiu o tom nesta quinta-feira (11/12/2025) ao rebater o jornalista e influenciador de direita Rodrigo Constantino, em uma polêmica motivada por críticas feitas à posição de Malafaia sobre o uso de uma bandeira dos Estados Unidos em manifestações bolsonaristas realizadas em 7 de setembro.

Constantino havia criticado Malafaia por sua declaração contrária à exibição de uma grande bandeira americana durante atos pró-anistia e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro — gestos que, na avaliação do pastor, descaracterizavam o caráter patriótico do evento, realizado no Dia da Independência do Brasil. Em resposta, Malafaia chamou o jornalista de “Bolsominion” e acusou-o de falta de moral para criticá-lo, citando ainda apoio prévio de Constantino a candidatos como Pablo Marçal em eleições municipais.

“Você não tem moral para me criticar”, afirmou Malafaia, acrescentando que seu próprio compromisso público é veterano e não recua diante de críticas — mesmo aquelas dirigidas pelo ministro Alexandre de Moraes no contexto de pressões judiciais.

O embate expôs uma divisão retórica no campo bolsonarista sobre símbolos estrangeiros em atos políticos: enquanto Malafaia rejeita o uso de bandeiras de outras nações, alegando que o foco deve ser no Brasil, aliados como Eduardo Bolsonaro já haviam defendido a exibição da bandeira americana como expressão de gratidão ao ex-presidente Donald Trump por sanções contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante sua fala, Malafaia desafiou Constantino para um debate público e criticou a postura do jornalista em não concordar com sua avaliação sobre a manifestação. O pastor também insinuou que críticos do ato não teriam autoridade moral para questioná-lo, reforçando sua linha de ataque retórico.

A discussão ocorre em um momento de intensificação dos debates políticos no Brasil, com alianças e divisões dentro da direita se tornando cada vez mais visíveis nas redes sociais e na mídia tradicional. A presença de símbolos estrangeiros em manifestações nacionais — especialmente em datas como o 7 de setembro — acabou gerando acalorada reação de segmentos conservadores, que divergem quanto à interpretação política desses gestos.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.