Pastor Silas Malafaia considera que senador não reúne força eleitoral e recomenda recuo em prol de outro nome da direita em 2026

O pastor e liderança bolsonarista Silas Malafaia declarou nesta quinta-feira (18) que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não tem “musculatura política” suficiente para disputar a Presidência da República nas eleições de 2026, criticando tanto a estratégia quanto o anúncio da pré-candidatura.

Em fala reproduzida na coluna do jornalista Paulo Cappelli, Malafaia questionou a maneira como Flávio anunciou sua intenção de disputar o Planalto, afirmando que faltou articulação política e diálogo interno com aliados e a estrutura partidária, o que supostamente compromete sua capacidade de se consolidar como candidato viável.

Segundo o pastor, Flávio teria deixado de construir apoios e alianças antes de tornar pública sua pré-candidatura. “Um dia antes, a Michelle visita Bolsonaro, e ele não diz nada… usa uma rede social e quer botar goela abaixo. O que eu quero dizer é que ele não tem musculatura política nesse tempo para ser candidato a presidente”, declarou Malafaia.

Recomendações e articulações eleitorais na direita

Malafaia não apenas criticou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, como também defendeu que a direita aposte em outro nome para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Para ele, Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria mais capacidade de construir alianças amplas e competitividade eleitoral, inclusive com apoio de setores do Centrão.

“Onde há chances reais de vitória? Ninguém vai ganhar a eleição se não fizer acordo com o centro. Para mim, agora, nesse momento, o melhor candidato é o Tarcísio, que tem musculatura política, e Michelle como vice”, afirmou Malafaia, sugerindo uma chapa alternativa dentro do campo conservador.

Repercussões no campo político

As declarações do pastor repercutem em um momento em que Flávio Bolsonaro tenta se firmar como a principal opção do bolsonarismo para 2026, após anunciar sua pré-candidatura em rede social e afirmar que recebeu a missão de seu pai para disputar o Planalto.

Aliados de Flávio, entretanto, destacam que pesquisas recentes — como levantamentos da Quaest — apontam crescimento de sua intenção de voto entre eleitores do campo conservador, mesmo diante de críticas internas.

Outros nomes do espectro da direita, como Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Jr. (PSD), também continuam sendo mencionados como possíveis presidenciáveis, alimentando o debate estratégico sobre quem melhor pode disputar e derrotar Lula em 2026.

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