Redação

Arthur Lira causou espanto entre radicais da direita ao afirmar publicamente que considera legítima a possibilidade de um novo mandato de Lula. A declaração foi feita em vídeo que circula nas redes e rapidamente detonou uma tempestade de críticas entre seguidores do ex-presidente.

Para muitos militantes bolsonaristas, a posição de Lira soa como traição — um sopro de desespero num momento em que o campo ideológico anda fragmentado, sem liderança clara. A ira não é apenas contra sua decisão pessoal, mas contra o que consideram uma capitulação simbólica.

Esse episódio expõe fissuras que já vinham se desenhando no interior da “direita moderada/conservadora”: enquanto parte busca sobrevivência política, outra insiste num radicalismo blindado — a cisão se aprofunda. Com Lira abrindo mão do monolitismo ideológico, o mapa político realinha: e para muitos, representa a implosão de expectativas de unidade.

Para quem luta pela democracia, justiça social e contra o autoritarismo, a crise à direita é uma chance histórica. Cada declaração dissidente enfraquece o discurso de ódio e retrocesso. Cada rachadura mostra que a alternativa ao Brasil democrático pode — e deve — voltar a ser construída pela base popular, longe de milícias políticas e nostalgia de golpes.