Joice Hasselmann esnoba Carla Zambelli após decisão de Moraes e chama Hugo Motta de “frouxo”
Em postagem nas redes sociais, a ex-deputada apoiou a anulação da votação da Câmara que manteve Zambelli no cargo, criticou a condução do presidente da Casa e atacou colegas de direita

A ex-deputada e jornalista Joice Hasselmann provocou repercussão nas redes sociais ao esnobar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular a votação da Câmara dos Deputados que havia mantido o mandato de Zambelli mesmo após sua condenação criminal.
Em uma postagem no X (antigo Twitter), Hasselmann celebrou a decisão do STF, que determinou o reconhecimento da perda de mandato de Zambelli, e criticou duramente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a quem chamou de “frouxo” por ter permitido que a votação contrária à cassação fosse levada ao plenário da Casa.
Críticas diretas nas redes
Na publicação, Joice disse que Moraes “restabeleceu a legalidade” ao anular o resultado da votação da Câmara e atribuiu a condução fraca ao comando de Motta, afirmando que ele não teve firmeza para impedir a manobra que havia salvo Zambelli de perder o mandato.
A ex-parlamentar também se distanciou de Zambelli, usando tom sarcástico e debochado nas redes, em um movimento que surpreendeu setores da direita, onde ambas figuram como figuras influentes em diferentes momentos da política recente.
Contexto da decisão que motivou as críticas
Na semana anterior, o ministro Alexandre de Moraes anulou a votação da Câmara que havia rejeitado a perda de mandato de Carla Zambelli, que foi condenada em definitivo pelo STF por crimes relacionados à invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com isso, a decisão dela perder o mandato passou a prevalecer, e a determinação para que o suplente assuma a vaga foi reforçada pela Corte.
A votação na Câmara havia gerado polêmica: apesar da condenação transitada em julgado, a Casa decidiu manter Zambelli no cargo em votação que não alcançou o quórum qualificado exigido para cassar um mandato, situação que motivou a intervenção do STF.
Repercussão política e reações
As críticas de Joice Hasselmann ampliaram o debate político em torno da atuação do Congresso e das relações entre os Poderes. Ao escolher um tom duro e até jocoso contra Zambelli, Hasselmann sinaliza uma divisão interna na base política conservadora — unida em muitos aspectos, mas fragmentada em estratégias, narrativas e alianças pessoais.
O ataque direto a Hugo Motta também expôs insatisfações sobre o desempenho da Mesa Diretora da Câmara em momentos de alta tensão institucional, com lideranças cobrando mais firmeza e articulação política em face de decisões jurídicas que confrontam o Legislativo.
Desdobramentos futuros
O episódio contribui para acirrar o clima político nas redes e no noticiário, com debates sobre autonomia do Congresso, respeito às decisões judiciais e postura de lideranças políticas diante de decisões que envolvem figuras de destaque. A postura de Hasselmann pode reverberar em alianças e posicionamentos futuros, sobretudo num ano eleitoral que se anuncia competitivo e polarizado.
