Enquanto recua das promessas sociais, Congresso tenta perpetuar rotina exaustiva para trabalhadores — e o Planalto reage

O governo do Luiz Inácio Lula da Silva reagiu com indignação ao relatório do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), apresentado à subcomissão da Câmara dos Deputados, que reduz a jornada semanal para 40 horas mas manteve a cruel escala de trabalho 6×1 — seis dias de trabalho por apenas uma folga.

Em coletiva, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, afirmaram que o relatório representa uma afronta à dignidade dos trabalhadores. Definiram como inaceitável manter a escala 6×1 — regime que consome vidas, destrói saúde e condena trabalhadores a viver para o trabalho.

O governo anunciou que não aceitará essa versão mutilada da proposta. Promete apresentar um novo texto que una redução da jornada a 40 horas semanais com o fim da escala 6×1 — propondo uma escala digna de 5×2, sem redução salarial.

Para além de um debate técnico, a disputa revela o choque de visões: de um lado, o Congresso tenta manter a exploração histórica da classe trabalhadora; de outro, o Executivo reivindica uma reviravolta social — colocando a vida do povo acima dos lucros. No Brasil que Alana defende, descanso não é privilégio: é direito.

Fonte: Revista Fórum

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