Prisões da trama golpista avançam e generais Heleno e Paulo Sérgio terão cumprimento da pena em salas do Comando Militar do Planalto
Enquanto o grupo militar central da tentativa de golpe passa a cumprir penas, o destino dos generais de quatro estrelas é em unidades adaptadas

O sistema de justiça brasileiro acelera esta semana a execução das penas da trama golpista comandada por Jair Bolsonaro e seus aliados. Presos civis e militares da facção enfrentam agora o início do cumprimento da sentença, e um capítulo histórico se destaca: os generais de alta patente, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), serão custodiados em unidades do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, conforme informações atualizadas.
A matéria do G1 sobre “veja o que acontece com militares presos no julgamento do golpe” traz o panorama de como se dará o cumprimento da pena dos oficiais e dos demais réus: regime fechado, execução em unidades militares ou especiais, regras rígidas de custódia.
Paralelamente, a publicação “Heleno e Paulo Sérgio vão ficar presos em salas adaptadas na sede do Comando Militar do Planalto” relata que o Exército já prepara infraestrutura adaptada, com salas reservadas para os generais, sinalizando que a corporação assume parte da responsabilização institucional.
Esse duplo anúncio — execução da pena para militantes do golpe + destino de generais em unidades adaptadas — marca um momento inédito: a militarização da responsabilização jurídica, rompendo o pacto de impunidade que por décadas protegeu oficiais superiores.
Do ponto de vista progressista, esse avanço institucional é simbólico e concreto: a justiça alcança os quartéis; o Estado reafirma que ninguém está acima da lei; o militar de alta patente, que historicamente gozava de foro privilegiado e blindagem corporativa, verá sua pena cumprida em local adaptado, mas suporte da hierarquia não mais garante impunidade.
