Ao condicionar sua saída da disputa presidencial à liberação de Bolsonaro para concorrer, senador envia recado aos EUA, busca reabilitar imagem internacional do clã e tenta conquistar apoio externo

Em declaração polêmica, Flávio Bolsonaro admitiu que está aberto à possibilidade de desistir da disputa presidencial de 2026 — mas apenas sob uma condição drástica: que seu pai, o ex-presidente condenado Jair Bolsonaro, volte “livre, nas urnas”. A fala reverberou como chantagem política, mas também revela uma estratégia clara: tentar agradar aliados internacionais — em especial Donald Trump — e reativar o projeto bolsonarista com apoio externo.

Flávio deixou claro que o “preço” para abandonar a candidatura não é ideológico nem eleitoral — é judicial e simbólico. Isso significa exigir anistia, impunidade e reabilitação política para Bolsonaro e para os condenados pelo golpe — uma proposta que ressoa com setores dos EUA alinhados a Trump, e pode servir como moeda de barganha para reverter sanções e retomar apoio internacional ao clã.

Desespero eleitoral e subserviência diplomática

A fala de Flávio Bolsonaro expõe o desespero da direita vassalocrata. Ao condicionar sua permanência na disputa a concessões que atendem externamente, ele demonstra que o projeto não se sustenta por consenso interno nem por apoio popular — depende da benevolência de um governo estrangeiro.

Mais: o gesto sinaliza disposição de reabrir laços com o imperialismo norte-americano, colocando o Brasil na posição de colônia monetária de novo. Ao tentar agradar Trump, o clã busca legitimação internacional, mas reforça o caráter de submissão que historicamente marca a extrema-direita vassalocrata — exatamente o que nosso projeto combate com veemência.

O que está em jogo

  • Se Bolsonaro voltar “livre” com apoio externo, a impunidade seria institucionalizada — e com ela, um precedente perigoso de que crimes graves contra a democracia podem ser perdoados com influência internacional.
  • A dependência de apoio externo revela fragilidade interna: sem Trump — sem votos. Isso demonstra o colapso da base política nacional do bolsonarismo.
  • A tentativa de agradar os EUA como estratégia política colide com a ideia de soberania nacional — e expõe o ressentimento geopolítico de quem sempre vendeu o Brasil como refém de potências estrangeiras.
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