Flávio Bolsonaro perde força no PL, tropeça nas articulações para 2026 e vira alvo do STF
Senador tenta ocupar espaço deixado pelo pai preso, mas enfrenta resistência interna e ameaça judicial

O senador Flávio Bolsonaro, apontado como o herdeiro político do clã após a prisão de seu pai, tenta remar contra a maré — mas encontra resistência feroz dentro do próprio Partido Liberal (PL) e vê cruzar seu caminho o poder de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Derrota interna e rachaduras partidárias
Logo após a detenção do ex-presidente, a engrenagem interna do PL deveria se mover com urgência para garantir unidade e estratégia para 2026. Mas, em vez disso, o partido vive turbulência: articulações como a proposta de aliança com o campo moderado no Ceará foram publicamente criticadas por membros influentes da sigla — inclusive por Michelle Bolsonaro, madrasta de Flávio.
Na tentativa de evitar um racha público, Flávio chegou a desautorizar a ex-primeira-dama, com apoio dos irmãos. Mesmo assim, a crise escancarou a falta de coesão e poder de comando real dele dentro do partido — o que acendeu o alerta entre caciques do Centrão e dirigentes do PL.
Além disso, líderes de outras siglas já demonstram preferência por nomes fora do bolsonarismo, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), para representar a direita em 2026. A resistência aponta que a insistência em manter a família no comando da chapa pode enfraquecer alianças estratégicas.
STF como nuvem negra — olho vivo sobre vigilância e “modus operandi”
Mas o problema do senador não é apenas interno. A decisão do ministro Alexandre de Moraes de incluir nas investigações uma vigília organizada por Flávio — tida como elemento que justifica a prisão preventiva do ex-presidente — coloca o senador sob risco real de ser alvo direto da Justiça.
Com essa sombra judicial, sua possível candidatura em 2026 perde viabilidade para setores mais estratégicos da direita, que já manifestam receio sobre colocar um nome com pendências legais como cabeça de chapa.
A aposta falha e o futuro incerto
Flávio tenta vender a narrativa de continuidade: disse recentemente que o PL vai “lutar até o último momento” para que o ex-presidente volte a ser o nome da direita — mas muitos dentro da sigla enxergam esse discurso como arcaico e incapaz de reagrupar o eleitorado ou formar alianças consistentes.
A centralização de poder nas mãos de Flávio — agora visto por muitos como figura frágil e simbólica — expõe o colapso de uma estratégia que se apoiava no culto à família e no carisma individual. Mas sem poder real de articulação, sem apoio institucional consistente e com o Machado da Justiça rondando, tudo pode ruir.
Para o Brasil que luta por soberania, justiça social e descarte das oligarquias políticas, o desgaste de Flávio não é apenas crise de prestígio: é oportunidade para enterrar o resquício de um projeto autoritário e recomeçar com transparência e poder popular.
Fonte: Diário do Centro do Mundo + cobertura da mídia nacional sobre articulações do PL e investigações no STF.
