Pré-candidato à Presidência tenta reduzir rejeição e conquistar confiança do setor empresarial ao se apresentar como versão mais centrada e equilibrada do bolsonarismo.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira (17) a empresários em São Paulo que é um político mais “moderado, equilibrado e centrado” que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e se descreveu como “o Bolsonaro que todo mundo quer”.

Durante um almoço organizado com cerca de 40 empresários no bairro Jardim Europa, Flávio reforçou que sua candidatura cresceu em força e que busca reduzir tensões internas no campo da direita, além de ampliar a confiança do setor empresarial em seu projeto político para as eleições de 2026.

Segundo relatos, o senador disse que a cada dia sua candidatura se torna “mais forte e mais viável”, destacando a necessidade de afastar animosidades entre aliados e sinalizar um perfil menos polarizador e mais compatível com o mercado.

Flávio voltou a ressaltar que se considera um líder com postura mais moderada, buscando romper com o estilo agressivo que marcou a trajetória política de seu pai e o bolsonarismo tradicional — estratégia que, segundo ele, seria refletida também em pesquisas eleitorais ao longo da campanha.

Em sua fala, o senador destacou que pretende mostrar quem é realmente ao público e enfrentar índices de rejeição ainda elevados, atribuídos ao fato de boa parte do eleitorado ainda não conhecer suficientemente seu perfil e propostas.

Apesar do discurso de moderação, Flávio também afirmou que a disputa eleitoral de 2026 deve ser marcada por forte polarização, colocando frente a frente dois projetos distintos para o Brasil: o que ele chamou de “caminho da prosperidade” e o que qualificou como “o caminho das trevas que é o PT”.

O almoço com empresários foi organizado por Gabriel Rocha Kanner, sobrinho do empresário Flávio Rocha, e reuniu figuras influentes do setor. A estratégia política de Flávio Bolsonaro busca consolidar apoio no meio econômico e reduzir preocupações sobre a estabilidade de sua plataforma, que mistura continuidade do bolsonarismo com uma retórica de menor confrontação institucional.

O senador participou do encontro após sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado — que aprovou o PL da Dosimetria — e retornou a Brasília para a votação do projeto no plenário, reforçando seu protagonismo na agenda conservadora no Congresso.

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