Na esteira do cerco judicial ao patriarca, Flávio Bolsonaro vai de contragolpe e assume candidatura própria para 2026, enfurecendo a ala tradicional do PL e anunciando uma nova fração da direita vassalocrata

Com os holofotes voltados para o processo que pode levar Jair Bolsonaro à prisão na Papuda e o julgamento de Eduardo Bolsonaro em curso, o filho Flávio Bolsonaro surgiu como alternativa para 2026. Interlocutores vazam que ele se lança contra Tarcísio Gomes de Freitas — o candidato preferido pela ala dominante do PL — e pretende atrair os descontentes da base reacionária.
A manobra evidencia rachadura funda na direita vassalocrata: um deputado tradicional se rebela contra o “establishment” do seu próprio campo. O favoritismo de Tarcísio, abrigado por lideranças do PL e pela máquina entrincheirada, sofre agora concorrência interna — e não é por acaso. A candidatura de Flávio surge como resposta à crise de hegemonia e como apelo ao “nós contra eles” da direita mais radical.
Para nós, que defendemos uma política de emancipação e soberania econômica, esse episódio revela como o projeto ultradireitista está sob tensão: a disputa não é entre direita e esquerda, mas entre facções da direita vassalocrata. Quando o braço direito vira alvo, o regime se mostra vulnerável.
O Brasil observa: a candidatura de Flávio Bolsonaro pode redesenhar o tabuleiro eleitoral, forçar alianças de oportunismo e amplificar narrativas anti-estabilidade democrática. Se isso significa mais eleição medíocre e polarização, então que digamos juntos: vamos exigir alternativa real — desenvolvimento, soberania, justiça.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.