O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se lançou recentemente como pré-candidato à Presidência da República em 2026, iniciará sua agenda internacional oficial ao participar de um evento em Israel com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A informação foi confirmada por veículos jornalísticos e pelas próprias redes do parlamentar.

Segundo relatos, o encontro de Flávio Bolsonaro integra a Conferência Anual de Combate ao Antissemitismo, marcada para os dias 26 e 27 de janeiro de 2026 em Jerusalém — ocasião em que o senador será um dos oradores do evento, ao lado de autoridades internacionais.

Estratégia internacional

A participação em um evento desse porte marca a estreia de Flávio Bolsonaro em uma agenda internacional desde o lançamento de sua campanha presidencial e é interpretada por analistas como uma tentativa de fortalecer sua imagem no exterior e de se aproximar de lideranças políticas e influentes fora do Brasil.

Em publicação nas redes sociais, o senador agradeceu o convite e disse estar “profundamente honrado em participar de um evento de tamanha relevância internacional”, destacando que Brasil e Israel compartilham um “laço histórico, humano e civilizacional sólido”.

O evento também deve contar com a presença do ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), irmão de Flávio, que esteve recentemente ligado a iniciativas de aproximação com lideranças internacionais.

Contexto político

A iniciativa diplomática do senador contrasta com a postura nacional do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a Israel, já que o mandatário brasileiro enfrentou críticas duras por parte do governo israelense após declarações sobre o conflito em Gaza, que resultaram em uma deterioração nas relações bilaterais.

Analistas políticos avaliam que a participação de Flávio Bolsonaro em um foro internacional ao lado de Netanyahu pode ser usada como instrumento de campanha, visando atrair apoio de setores conservadores e eleitores alinhados com pautas mais próximas às políticas externas do governo israelense — além de tentar diferenciar sua atuação da diplomacia tradicional brasileira.

Até o momento, não há confirmação oficial do Itamaraty ou de pronunciamentos de autoridades brasileiras sobre essa visita específica, mas a participação de Flávio Bolsonaro no evento já começa a gerar repercussão política doméstica e no exterior.