A investida da família Bolsonaro em SC revela disputa por poder e expõe o papel de “arrimo” imposto a políticos catarinenses

A articulação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina desencadeou uma reviravolta no tabuleiro político estadual. Segundo reportagem do O Antagonista, o filho do ex-mandatário, Carlos Bolsonaro, está sendo empurrado à disputa ao Senado por SC, o que tem implicado na “rifa” de aliados locais — que se veem abandonados ou obrigados a ceder espaço à nova investida da “família política”.

O cenário ocorre enquanto Jair Bolsonaro permanece em prisão domiciliar, e sua base tenta manter relevância eleitoral. Em Santa Catarina, o tradicional aliado e senador Esperidião Amin teria sido colocado de lado em benefício de uma candidatura de Carlos Bolsonaro, segundo VEJA. Essa movimentação evidencia que o poder concentrado da família Bolsonaro — que já foi visto como liderança nacional — está reagindo localmente com lógica de comando vertical: alçar “forasteiros” para posições de peso e relegar quem já liderava iniciativas.

Para os aliados locais, a mensagem é clara: ou se rendem à nova logística ou ficam fora. O fenômeno revela o funcionamento do poderíssimo “núcleo familiar” que rodeia Jair Bolsonaro — impondo ao partido e aos correligionários uma espécie de serviço de apoio (“barriga de aluguel”) para manter a estrutura eleitoral viva, mesmo diante da privação de liberdade.

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