Redação

Durante evento em El Salvador, o deputado federal Eduardo Bolsonaro esteve presente ao lado de lideranças da direita mundial. No entanto, não houve qualquer interação pública ou agendada com o deputado Nikolas Ferreira — ambos do Partido Liberal (PL) — o que segundo aliados indica “distanciamento estratégico” e disputa de protagonismo dentro do bloco que cerca o ex-presidente.
Fontes bastidores relatam que Ferreira vinha articulando forte base própria para 2026, enquanto Eduardo tentava controlar o legado do pai e certa primazia no partido. A postagem compartilhada por Eduardo em que afirma que Ferreira estaria “se livrando do Bolsonaro” alimentou os rumores de cisão.
Analistas afirmam que essa ausência vai além de um descuido protocolar: representa o primeiro sinal visível de que o “movimento Bolsonaro” está longe de se manter unido. Se Eduardo representa continuidade da “marca familiar”, Ferreira aposta em mobilização própria, sobretudo junto a públicos evangélicos e jovens.
O impacto político pode ser grande: a sucessão presidencial de 2026, o controle do PL no Sudeste e o uso da máquina partidária em Minas Gerais — base de Ferreira — estão em jogo. Para os setores progressistas, esse instante mostra que a extrema-direita — longe de ser monolítica — está em mutação e fragilização, o que abre janelas para reconstrução de um campo político de esquerda que vise soberania e justiça social.
Fonte: Portal de Prefeitura