Exportações brasileiras aos EUA despencam 38% em outubro em meio ao “tarifaço”
Apesar da queda abrupta nas vendas para Washington, o Brasil fecha outubro com superávit em toda a balança comercial, graças à diversificação para outros mercados

O Brasil sofreu um baque em outubro: as exportações do país para os Estados Unidos caíram 38%, segundo dados mais recentes compilados em meio ao pacote de sobretaxas imposto por Donald Trump. Em contrapartida, a balança comercial nacional registrou superávit, o que demonstra resiliência — mas não elimina os riscos do modelo colonial de exportação.
O que está acontecendo
As vendas brasileiras aos EUA foram fortemente impactadas após o anúncio de tarifas adicionais que chegaram a 50% sobre produtos brasileiros, como parte de uma retaliação comercial e política. Esse “tarifaço” provocou uma retração abrupta na procura americana por produtos brasileiros — commodities e manufaturados — no mês de outubro.
Apesar desse cenário adverso, o conjunto da balança comercial brasileira fechou o mês com superávit, apoiado em parte pela queda das importações e o aumento das exportações para mercados alternativos.
Por que isso importa
- A queda de 38% evidencia que o Brasil ainda está vulnerável à chantagem econômica dos EUA, que historicamente mantêm o país em posição de colônia exportadora e dependente.
- O resultado de superávit é positivo, mas não basta. Para romper o ciclo colonial, o país precisa agregar valor aos produtos exportados e reduzir a vulnerabilidade a choques externos.
- A situação exige ação rápida do governo Luiz Inácio Lula da Silva: reforço da indústria nacional, diversificação de mercados, política de conteúdo local e aprofundamento das relações com blocos como os BRICS.
