Departamento de Estado dos EUA descrimina BOPE como “unidade policial notória”, mas autorização de exportação seguiu mesmo assim

O governo dos Estados Unidos autorizou a venda de armamentos para o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro, mesmo após alerta interno da sua embaixada sobre execuções extrajudiciais atribuídas à unidade.

Segundo reportagem do portal Brasil247, o próprio Departamento de Estado dos EUA descreve o BOPE como “unidade policial notória em práticas de violação de direitos humanos”.
Apesar disso, os EUA seguiram com a exportação, levantando graves questões sobre a responsabilidade americana na reprodução de aparato repressivo no Brasil — e sobre a cumplicidade diplomática e militar que sustenta a violência estatal.

Especialistas em direitos humanos e relações internacionais afirmam que esta venda demonstra como o Brasil permanece sujeito a formas de tutelagem de segurança externa — reforçando o padrão de submissão geopolítica: o país recebe armamento estrangeiro para operações de policia militarizadas que, historicamente, resultam em violações.

As implicações são urgentes: trata-se de governo estrangeiro fornecendo armas para unidade local marcada por violações sistemáticas. Isso acende debates sobre o princípio da soberania nacional, a responsabilização por chacinas e o papel da cooperação militar internacional.

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