Eduardo Bolsonaro reage ao voto de Alexandre de Moraes e acusa “vingança pessoal” e “caça às bruxas”
Em meio ao recebimento de denúncia que o tornará réu no STF, o deputado "acusa" o relator de perseguição políticacade sl

Na sexta-feira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) emitiu manifestação pública após o ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal) votar pela aceitação da denúncia da Procuradoria‑Geral da República (PGR) que o acusa de coação no curso do processo.
Ele classificou o voto como “vingança pessoal” contra sua pessoa, numa nota compartilhada em redes sociais, onde também alegou que o processo representa a continuidade de uma “caça às bruxas”.
O que diz a denúncia
De acordo com a PGR, Eduardo Bolsonaro teria usado sua atuação nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras e estrangeiras em favor de sanções e medidas de coação contra magistrados do STF. Com isso, a denúncia sustenta que ele teria incorrido em crime de coação no curso do processo, o que motivou o voto de Moraes na 1ª Turma do STF.
A resposta de Eduardo Bolsonaro
“Trabalho pela anistia ser votada por um Congresso livre das ameaças de Alexandre de Moraes” — escreveu o deputado ao reagir, segundo o portal de notícias.
Em outra declaração à coluna de Paulo Cappelli, Eduardo fez menção ao termo usado por Donald Trump, “caça às bruxas”, para definir o caso: segundo ele, “a caça às bruxas continua”.
Ele também repostou conteúdos críticos à decisão, reafirmando que o processo teria motivação política e pessoal, e que ele próprio estaria sendo processado apesar de sua atuação pública e conhecida.
Os próximos passos
Com o voto de Moraes, o processo contra Eduardo Bolsonaro avança no STF e ele poderá se tornar formalmente réu — o que, segundo especialistas, pode afetar seu quadro eleitoral em 2026. Os prazos de defesa e recursos começam a correr, e deputados, advogados e partes interessadas antecipam forte litígio jurídico e político.
