Deputado deixa bilhete pedindo liberdade do pai

Durante viagem a Israel nesta quinta-feira (5), o deputado Eduardo Bolsonaro fez uma parada no Muro das Lamentações e deixou um bilhete com a frase “Solta o Bolsonaro”, em clara provocação aos processos que pesam contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O gesto — carregado de simbolismo religioso e midiático — tem o objetivo de mobilizar a base bolsonarista, projetar a narrativa de perseguição política e afirmar o discurso de que Bolsonaro seria injustamente preso. A imagem de Eduardo rezando e depositando o bilhete nas pedras sagradas visa reforçar a ideia de inocência e injustiça.

A ação repercutiu rapidamente nas redes e na mídia: para apoiadores, trata-se de um símbolo de resistência; para críticos, mais um ato de deslegitimação do Judiciário e de tentativa de instrumentalização política da fé. Há quem veja na visita um ato de desespero político, tentando transformar a prisão de Bolsonaro em martírio simbólico.

Em um momento em que a Justiça busca responsabilizar os envolvidos em possíveis crimes e ameaças às instituições, essa manobra reforça o caráter midiático e político da estratégia da família — longe de um pedido de justiça real, parece mais uma operação de comunicação para reconstruir capital político em torno do nome Bolsonaro.

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