O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) desembarcou nesta terça-feira no resort Mar‑a‑Lago Club, na Flórida, para participar do evento anual da conferência conservadora que reúne lideranças de extrema-direita dos Estados Unidos. Lá, ele fez um discurso inflamado contra o que chamou de “avanço comunista” e “esquerdistas tirânicos” que, segundo ele, estariam tomando conta das instituições democráticas no Brasil e na América Latina.
Na mesa-painel marcada para a quarta-feira, cujo tema é “Combatendo o Comunismo Global”, Eduardo figura como orador principal. Ele aproveitou a ocasião para criticar novamente o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes, acusando-os de “subverter a soberania nacional” e de perseguir políticos de direita no Brasil.
Aliados de Eduardo afirmam que o evento também serve para reforçar o lobby internacional do bolsonarismo — em especial, para pressionar por uma anistia ampla que beneficie o ex-presidente Jair Bolsonaro e para mobilizar parlamentares republicanos cotidianos contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O resort de Trump, palco do encontro, simboliza a convergência da direita internacional e o fortalecimento de redes transnacionais que buscam alinhar-se contra governos progressistas ou populares — vistas aqui como “inimigos da família, da pátria e da liberdade”. A fala de Eduardo reforça que ele se coloca como protagonista dessa articulação, mirando o protagonismo até 2026.