Em tom dramático e retórica de medo, Eduardo reforça campanha do irmão e pinta cenário de ameaça à liberdade e à “nação”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lançou nesta sexta-feira (5) um chamado público para que apoiadores do projeto bolsonarista se mobilizem em torno da candidatura de seu irmão, Flávio Bolsonaro, à Presidência da República em 2026.

Em sua mensagem, Eduardo se refere ao momento político como uma encruzilhada dramática — “à beira do precipício” — e acusa instituições brasileiras de impor um “regime de exceção”. Segundo ele, Flávio não optou pela via mais “fácil” de escapar das investidas judiciais e políticas — mas escolheu a “missão” de continuar o legado familiar.

O discurso mistura vitimização e messianismo. Eduardo afirma que a família sofreu perseguição injusta, mas agora se coloca como a única força capaz de impedir o avanço de uma suposta tirania. A candidatura de Flávio, então, seria a âncora da “liberdade” e da “esperança”.

A convocação apela para a “união de todos” — pedindo que antigos e novos apoiadores deixem “diferenças menores” de lado em nome de um suposto bem maior. Eduardo conclama uma mobilização ampla, com tom de urgência: “é agora que precisamos lutar”.

Mas o contexto mostra sinais de que a empreitada do clã pode ser arriscada. Pesquisa recente aponta que aquele que emerge como nome-cabeça do grupo, Flávio, é o mais rejeitado entre os filhos ativos politicamente — reflexo do desgaste do bolsonarismo.

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