O delegado-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, negou categoricamente que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tenha exercido qualquer tipo de pressão ou interferência sobre a corporação no âmbito do caso Banco Master — investigação que envolve a liquidação extrajudicial da instituição financeira e a prisão de seu controlador.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o diretor-geral afirmou: “Eu já ouvi isso por aí, mas é mentira” quando questionado sobre insinuações de que Moraes teria buscado informações ou influenciado diretamente a atuação da PF no caso. Rodrigues deixou claro que nunca discutiu o assunto com o ministro e que qualquer conversa entre eles ocorre apenas em razão de inquéritos relatados por Moraes ao Supremo, sem relação com o Banco Master.

O caso Banco Master ganhou repercussão nacional após o Banco Central do Brasil decretar a liquidação extrajudicial da instituição em novembro de 2025 devido a indícios de irregularidades financeiras. A investigação resultou também na prisão preventiva de Daniel Vorcaro, então presidente e controlador do banco, por parte da Polícia Federal.

A polêmica intensificou-se quando setores políticos e parte da mídia alegaram que autoridades do Poder Judiciário, incluindo Moraes, teriam buscado influenciar decisões de órgãos técnicos como a PF e o Banco Central, o que foi objeto de críticas e pedidos de esclarecimentos públicos por parlamentares.

As declarações de Andrei Rodrigues visam desvincular institucionalmente a Polícia Federal de narrativas que apontam para atuação irregular por parte do ministro do Supremo no processo que envolve o Banco Master e reforçar a autonomia das investigações conduzidas pela corporação.