Com o voto de Flávio Dino, a denúncia da Procuradoria‑Geral da República contra Eduardo Bolsonaro por pressão externa ao Supremo Tribunal Federal supera mais uma etapa

O ministro relator Alexandre de Moraes abriu caminho nesta sexta-feira (14 de novembro de 2025) para tornar Eduardo Bolsonaro réu no STF — e seu colega Flávio Dino acompanhou o voto, elevando a contagem para 2 a 0 entre os votos já proferidos.
A denúncia da PGR acusa Eduardo Bolsonaro de coagir o sistema de Justiça ao articular sanções contra autoridades brasileiras no exterior, interferindo no julgamento da trama golpista de 2022.
Segundo Moraes, “há prova da materialidade e indícios razoáveis e suficientes de autoria” para que o processo criminal prossiga. O ministro destaca que o parlamentar não ficou apenas no discurso — “a grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do Governo dos Estados Unidos” contra membros do STF.
Com o voto de Flávio Dino, segue a pressão institucional: faltam ainda os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que têm até 25 de novembro para se manifestar no âmbito da Primeira Turma.

Para nós que lutamos por justiça social, soberania e um Estado de Direito verdadeiro, esse episódio não é mera burocracia jurídica: é parte de uma virada. O sistema vassalocrata que gravita ao redor da extrema-direita busca impor seu controle sobre as instituições — medir forças com o STF e usar diplomacia rasteira como instrumento de intimidação.
A eleição de 2026 já está sendo costurada nos bastidores desta trama: com Eduardo Bolsonaro no centro, a disputa não é apenas política, mas simbólica — entre quem defende submissão ou emancipa o Brasil do modelo colonial-exportador. O STF, a PGR e a sociedade exigem que o processo não seja adiado ou diluído. Que o réu — se confirmado — não se transforme em mártir, mas em exemplo de que a democracia não negocia com chantagem.

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1 comentário em “Dino segue Moraes e avança para tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação à Justiça

  1. Já passou da hora do Eduardo Bolsonaro ser imputado. Cassação de mandato urgente e cadeia urgente. Chega de quadrilheiros está no comando das instituições brasileira.

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