Taxa de desocupação recua para 5,2% no trimestre até novembro com recordes de ocupação e renda média no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro de 2025, conforme divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alcançando o menor patamar desde o início da série histórica em 2012.

O número de pessoas desocupadas ficou em 5,644 milhões, também o valor mais baixo já registrado pela pesquisa, que aponta um cenário de aquecimento do mercado de trabalho. Paralelamente, o contingente de trabalhadores ocupados atingiu 103,2 milhões de pessoas, outro recorde histórico.

Os indicadores de emprego refletem não apenas um maior número de contratações, mas também uma melhora na qualidade das vagas. O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,4 milhões, outro recorde, com um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024 — o equivalente a aproximadamente 1 milhão de novas vagas formais no país.

Outro ponto positivo registrado na PNAD é a renda média real habitual, que chegou a R$ 3.574, valor mais alto da série, com alta de 1,8% em relação ao trimestre anterior e 4,5% na comparação com o ano anterior, já descontados os efeitos da inflação.

Ainda segundo o levantamento, o nível de ocupação — que mede a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa — alcançou 59,0%, o maior índice da série histórica, consolidando um quadro de forte expansão do mercado de trabalho.

Apesar da melhora generalizada, a informalidade ainda representa uma fatia significativa da força de trabalho: cerca de 37,7% dos ocupados trabalham sem proteção legal, embora esse percentual tenha apresentado queda em comparação aos trimestres anteriores.

Especialistas em economia interpretam a sequência de quedas na taxa de desemprego como um reflexo do dinamismo da economia brasileira ao longo de 2025, com criação contínua de empregos formais, expansão de setores como serviços e construção, além de políticas públicas voltadas à geração de renda.

O resultado divulgado pelo IBGE reafirma uma tendência de recuperação sustentável no mercado de trabalho, com impacto positivo na renda das famílias e na movimentação da economia como um todo — um indicador importante para projeções de crescimento econômico em 2026.

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