A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que seu cliente **não seja enviado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpriria prisão comum após sua captura no Paraguai.

No documento protocolado neste sábado (27), os advogados de Vasques solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes que a prisão preventiva seja cumprida em unidades prisionais de Santa Catarina — como São José ou Florianópolis — próximo aos vínculos familiares e sociais do réu, ou alternativamente no 19º Batalhão da Polícia Militar de Brasília, conhecido como “Papudinha”, uma ala destinada a presos com prerrogativas diferenciadas.

O pedido da defesa argumenta que, por ter atuado como agente de segurança pública, Vasques enfrenta “riscos objetivos acrescidos” caso fique em unidades prisionais comuns. No período em que esteve detido preventivamente, segundo os advogados, o ex-diretor teria sofrido assédio e ameaças, o que motivou a insistência em uma custódia em ambiente considerado mais seguro.

Pedido à Justiça e contexto da prisão

Silvinei foi preso pelas autoridades paraguaias na madrugada de sexta-feira (26) ao tentar fugir para El Salvador usando documentos falsos, após ter rompido a tornozeleira eletrônica que usava em liberdade monitorada. Ele foi transferido para o Brasil e cumpria prisão preventiva em Brasília.

Em razão dos indícios de fuga e dos riscos à ordem pública, o ministro Moraes determinou a prisão preventiva, o que desencadeou o pedido da defesa para que a localização da custódia contemple exigências de integridade física e psicológica do réu.

A decisão de Moraes pode incluir consultas à Procuradoria-Geral da República e interlocuções com autoridades penitenciárias quanto à viabilidade das alternativas indicadas pelos advogados — Santa Catarina ou a Papudinha — antes de definir o local definitivo de custódia.