Defesa de Bolsonaro pede prisão domiciliar após agravamento de saúde; Carlos alerta para “tortura” na prisão
Defesa afirma que Bolsonaro precisa de cirurgia urgente; filho denuncia “crise intensa” de soluços e questiona condições na prisão

Brasília — A defesa de Jair Bolsonaro protocolou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de prisão domiciliar humanitária, em função de complicações de saúde relatadas pelo ex-presidente. O pedido menciona necessidade de cirurgia para tratar hérnia inguinal e quadro persistente de soluços, agravados no cárcere.
Paralelamente, em manifestações públicas nas redes sociais, Carlos Bolsonaro — seu filho — afirmou que o pai teria sofrido novo “agravamento de crise de soluços” e denunciou as condições de detenção como “tortura”. Segundo ele, a frequência e intensidade dos soluços voltaram a subir, o que aumentaria o sofrimento de Bolsonaro no cárcere.
Principais pontos do pedido médico e da defesa
- De acordo com os advogados, o ex-presidente apresenta hérnia inguinal unilateral, com indicação de cirurgia, além de “singulto incoercível” — ou seja, crises de soluços persistentes e refratárias a tratamentos convencionais, que acarretam impacto grave na qualidade de vida, sono, respiração e alimentação.
- A defesa afirma que já foram tentadas terapias medicamentosas e comportamentais, além de ajustes clínicos — sem sucesso. Por conta da gravidade, seria necessária agora uma intervenção cirúrgica com anestesia geral.
- Em razão deste quadro e das sequelas de saúde, os advogados pedem que Bolsonaro cumpra a pena em regime domiciliar humanitário — garantindo acesso contínuo a tratamento e evitando os riscos de detenção em ambiente prisional comum.
A versão da família: sofrimento e apelo por humanização no cárcere
Nos últimos dias, Carlos Bolsonaro publicou nas redes sociais declarações sobre “crises constantes de soluços” do pai, afirmando que o sofrimento seria “pior que o de um traficante de drogas” e classificando a situação como “tortura” dentro da prisão.
De acordo com ele, a “dor, o desconforto e a humilhação” enfrentados por Bolsonaro ataques diretos à dignidade humana e à presunção de humanidade, justificando a necessidade urgente de transferência para ambiente domiciliar.
Panorama atual e desafios legais
O pedido de prisão domiciliar foi enviado ao STF, que — segundo precedentes — pode autorizar regime diferenciado em casos de risco à saúde, desde que haja laudo médico convincente e condições adequadas de monitoramento.
Por ora, não há decisão pública sobre a solicitação. A defesa aguarda manifestação da corte, enquanto a família mantém pressão midiática sobre a situação de saúde do ex-presidente.
