Humorista aponta trajetória incoerente do clã Bolsonaro — segundo ele, os filhos do ex-presidente ajudam, mesmo sem querer, a fortalecer o governo Lula e desmoralizar o projeto conservador

desmoralizar o projeto conservador.

O apresentador e humorista Danilo Gentili publicou em sua newsletter “Não É Imprensa”, neste domingo (7), uma crítica ácida à atuação de Eduardo e Flávio Bolsonaro. Com metáforas futebolísticas, Gentili sustenta que os dois políticos, ainda filiados ao bolsonarismo, estariam, na prática, “dando assistências” ao presidente Lula — alimentando suas chances políticas sem investir num projeto coerente de oposição.

“A esse ponto, o que Bolsonaro construiu virou o Nightmare Team para os próprios aliados da casa”, ironiza Gentili — afirmando que o esforço deles resulta mais no reerguimento da esquerda do que em manutenção de um bloco conservador organizado.

Traição simbólica e crise de legitimação

Para o humorista, a incoerência entre discurso e ação da família Bolsonaro revela uma crise existencial do que restou da direita vassalocrata: “Enquanto fingem lutar contra o PT, suas escolhas e desgovernos fortalecem Lula” — afirma Gentili.

A acusação ganha peso se for considerado o contexto político atual: o nome de Flávio para 2026, a debandada ou disputa interna da direita, os escândalos e contradições que acumulam desgaste institucional. Tudo isso contribui para que a direita perca credibilidade — e, de quebra, beneficie o adversário.

Reflexo para a disputa de 2026: enfraquecimento da direita, oportunidade para a esquerda

Se a denúncia de Gentili for levada a sério, o resultado é claro: a direita se desintegra simbolicamente; a narrativa de oposição perde consistência; e a aliança pulverizada — antes alimentada por retórica de moralidade e autoritarismo — se revela como risco eleitoral real.

Isso cria uma janela histórica para quem luta por justiça social, democracia e soberania: com a direita fragilizada, há espaço para consolidar um projeto verdadeiramente popular, democrático e desvinculado da velha vassalagem ao capital estrangeiro.

Denúncia de auto-sabotagem — e alerta à resistência democrática

A acusação de Gentili funciona como um aviso: não basta combater o bolsonarismo judicialmente — é preciso combater sua resiliência simbólica. A traição simbólica de Eduardo e Flávio Bolsonaro evidencia que nem todos os adeptos da direita conservadora estão comprometidos com coerência política: alguns simplesmente reproduzem desequilíbrios, caos, e fortalecem o próprio inimigo ideológico.

Para nós, que acreditamos num Brasil soberano e justo, essa crítica não é mero deboche — é alerta. A luta contra o autoritarismo vassalocrata precisa incluir vigilância, mobilização popular e construção de uma narrativa sólida de oposição democrática.

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1 comentário em “Danilo Gentili acusa Eduardo e Flávio Bolsonaro de jogar “no time” de Lula

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