Com o STF rejeitando o último recurso e confirmando a prisão de Jair Bolsonaro, a senadora Damares Alves se antecipa para acompanhar o ex-presidente dentro da Papuda, em Brasília

Com a prisão de Jair Bolsonaro já confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o julgamento do último recurso apresentado pela defesa, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se movimentou rapidamente para se aproximar do ex-presidente dentro do sistema prisional. De acordo com a Revista Fórum, Damares pediu autorização para visitar a cela de Bolsonaro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde o ex-mandatário deve cumprir pena.

O pedido ocorre na esteira da decisão da Primeira Turma do STF, que rejeitou os derradeiros embargos e consolidou a condenação de Bolsonaro, abrindo caminho para o cumprimento imediato da pena em regime fechado. Com o esgotamento dos recursos na Corte, o foco dos aliados migrou do debate jurídico para a disputa política em torno das condições de encarceramento do ex-presidente.

Figura de confiança do núcleo bolsonarista, Damares vem adotando discurso de defesa incondicional de Bolsonaro e tenta transformar a ida à Papuda em gesto simbólico de solidariedade. A senadora apresenta o pedido de visita como uma forma de “acompanhar a situação” do ex-presidente no presídio e de registrar, pessoalmente, as condições da unidade onde ele se encontra.

A movimentação da parlamentar ocorre num contexto em que setores bolsonaristas já falam em vigílias e atos em torno da prisão, tentando usar a imagem da cela em Brasília como novo ponto de mobilização política. A presença de Damares na Papuda, caso autorizada, tende a ser explorada pelo grupo como prova de “lealdade” ao líder preso e como combustível para manter a base mobilizada.

Enquanto isso, a Papuda segue sob escrutínio público pelas suas condições estruturais e pela precariedade histórica do sistema prisional brasileiro. É nesse cenário que se insere o pedido de Damares para visitar Bolsonaro, agora oficialmente preso após a derrota definitiva no STF.

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