Redação

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) declarou nesta segunda-feira (17) que Jair Bolsonaro se encontra “muito doente” e “muito triste”, após visita técnica ao complexo penitenciário da Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Segundo Damares, o grupo de aliados do ex-presidente esteve no local para verificar “qual é o tempo entre o complexo e o primeiro hospital?” — frase que revela preocupação explícita com a saúde de Bolsonaro caso venha a ser preso.
Ela relatou ter observado cenas “muito tristes” na ala destinada a presos idosos e com problemas de saúde, e identificou fragilidade física no socio-político que ocupa lugar central na crise política brasileira.

Essa declaração assume peso político relevante: revela vulnerabilidade de Bolsonaro em momento de maior exposição — e abre caminho para narrativas de vitimização política que podem influenciar o cenário de responsabilização institucional que se aproxima.
Se por um lado a prisão ou não depende de trâmites jurídico-institucionais, por outro o estado de saúde passa a compor o cenário estratégico — podendo ser usado para questionar datas, local ou mesmo execução da pena.
Para quem defende justiça, equidade e instituições que funcionem para todos, é essencial que esse tipo de narrativa não sirva de escudo para retardar ou inviabilizar a responsabilização — sob pretexto de “condição médica”. A lei precisa valer, e a saúde não pode funcionar como carta branca para impunidade.