Correios anunciam plano de reestruturação com PDV, cortes e novas parcerias
Estatal apresenta estratégia 2025–2027 para enfrentar prejuízos bilionários, reduzir quadro de pessoal e abrir caminho para modernização

Os Correios divulgaram nesta segunda-feira (29) um amplo plano de reestruturação para o período 2025–2027, que inclui um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) com potencial de desligar até 15 mil funcionários, o fechamento de unidades deficitárias e a expansão de parcerias com o setor privado como forma de adaptar a estatal às mudanças do mercado e conter prejuízos acumulados.
O presidente da estatal, Emmanoel Rondon, apresentou as medidas em coletiva realizada na sede dos Correios, em Brasília, indicando que a reestruturação é necessária para “preparar a companhia para um novo modelo de negócio com sustentabilidade a médio e longo prazo”. Entre os objetivos está o reequilíbrio financeiro e a retomada da lucratividade até 2027, após anos consecutivos de déficits significativos.
PDV e cortes em massa
O PDV anunciado pode resultar no desligamento de cerca de 10 mil trabalhadores já em 2026, com mais 5 mil desligamentos previstos para 2027, em uma tentativa de reduzir a pesada folha de pagamento da empresa. O plano também prevê o fechamento de cerca de 1 mil unidades dos Correios em todo o país, especialmente aquelas consideradas financeiramente insustentáveis frente à queda de demanda por serviços tradicionais postais e à concorrência crescente no mercado de encomendas.
Parcerias e novos rumos
Além do corte de pessoal, os Correios planejam intensificar parcerias com empresas privadas para ampliar receitas e modernizar a operação logística, buscando alternativas de geração de caixa e maior eficiência. O plano também está alinhado à necessidade de diversificação de receitas, incluindo ajustes em contratos, venda de ativos ociosos e negociações de passivos judiciais e planos de saúde, conforme estudos divulgados pela empresa e discutidos internamente nos últimos meses.
Situação financeira delicada
Os Correios enfrentam uma crise financeira profunda: entre janeiro e setembro de 2025, a estatal acumulou um prejuízo de cerca de R$ 6,1 bilhões, segundo dados internos. Para enfrentar esse cenário, a empresa já firmou contrato de empréstimo no valor de R$ 12 bilhões com um consórcio de bancos — incluindo instituições públicas e privadas — avalizado pelo Tesouro Nacional, com prazo de pagamento estendido até 2040, parte da estratégia para reorganizar o caixa e honrar compromissos pendentes, como salários e dívidas.
Greve e tensão sindical
O anúncio da reestruturação ocorre em meio à greve nacional dos trabalhadores dos Correios, iniciada em 16 de dezembro de 2025, após a rejeição da proposta de acordo coletivo para o período 2025–2026 por parte da maioria dos sindicatos. As negociações, mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), têm enfrentado impasses, com uma nova rodada marcada como última chance de acordo antes do julgamento do dissídio coletivo, agendado para 30 de dezembro.
A gestão dos Correios argumenta que as mudanças são inevitáveis diante de um modelo de negócio que perdeu competitividade devido à digitalização dos serviços e à maior eficiência da iniciativa privada, mas os sindicatos reivindicam garantias de emprego e benefícios para os trabalhadores afetados.

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