Jair, Michelle e Eduardo Bolsonaro acumulam os maiores índices de “não votaria de jeito nenhum”, refletindo desgaste do bloco vassalocrata entre eleitores

Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada em 13 de novembro de 2025 mostra que o clã Jair Bolsonaro (PL) — incluindo o próprio Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — lidera, com folga, os índices de rejeição entre os possíveis candidatos à eleição presidencial de 2026.
De acordo com o levantamento, Bolsonaro tem cerca de 60% de rejeição, Michelle registra aproximadamente 61% e Eduardo também figura entre os mais rejeitados no cenário nacional. Apenas cerca de 36% disseram que poderiam votar em Jair Bolsonaro, segundo o mesmo estudo.

O significado político

Esse dado não é apenas estatístico — ele revela uma crise profunda no campo da direita vassalocrata, que apostava em rejuvenescimento eleitoral e continuidade da influência política da família Bolsonaro.

  • A rejeição tão elevada indica que a narrativa de “ressurgimento bolsonarista” enfrenta não apenas força de oposição, mas desgaste real entre o eleitorado.
  • Para quem defende justiça social e democracia, trata-se de oportunidade para ampliar o debate sobre accountability, verdade eleitoral e responsabilidade política: não basta apenas lidar com quem está no poder, mas com quem quer permanecer por meio dele apesar de rejeitado.
  • A desvantagem evidente dessa linha política mostra que 2026 não será repetição automática de fórmulas do passado — e esse vácuo abre caminho para projetos alternativos.

O que está em risco

Com índices de rejeição tão altos, o bolsonarismo enfrenta três dilemas centrais:

  1. Legitimidade eleitoral: Tentar candidatura à Presidência com 60% de rejeição exige repensar estratégia ou arriscar derrota esmagadora.
  2. Capacidade de mobilização: A base de sustentação da família Bolsonaro pode estar se reduzindo ou ficando mais segmentada — isso fragiliza a construção de coalizões amplas para 2026.
  3. Narrativa de rede populista: A rejeição crescente indica que o discurso de “establishment” e “vitimização” pode não ser mais suficiente para manter relevância — exige conteúdo, não só retórica.

Conclusão

A liderança em rejeição do clã Bolsonaro é mais do que um revés eleitoral — é sinal de que a política de 2026 está sendo moldada em torno de responsabilidade e mudança estrutural, e não mais apenas de continuidade de figuras que polarizam pelo passado. Para nós que lutamos por igualdade e soberania popular, esse momento exige ação: é hora de fortalecer alternativas, não subestimar a força do desejo de mudança, e garantir que a rejeição seja convertida em participação ativa, vigilância institucional e construção de futuro.

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