Partidos do bloco histórico se distanciam do clã Bolsonaro e sinalizam neutralidade

Os principais partidos do Centrão — como União Brasil, PP, Republicanos e PSD — reagiram com resistência à decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de lançar seu filho, Flávio Bolsonaro, como candidato à Presidência em 2026. Fontes ouvidas por veículos políticos relatam que a associação direta ao sobrenome Bolsonaro se tornou um entrave à viabilidade eleitoral.

Lideranças dessas legendas afirmaram que a candidatura de Flávio “não oferece muitas alternativas” para o grupo e sinalizam disposição para manter postura de neutralidade no próximo pleito — priorizando a disputa de cadeiras no Congresso, em vez de um projeto presidencial que avaliam como inviável.

A alternativa mais discutida dentro do bloco é apoiar um nome “puro-sangue”, não contaminado pelo legado bolsonarista — o que revela a tentativa do Centrão de romper com a polarização de 2022 e negociar alianças pragmáticas.

Para quem aposta em democracia social, justiça e reconstrução institucional, essa movimentação é um sinal importante: o desgaste da figura de Bolsonaro e seus filhos expõe fissuras na direita tradicional — e evidencia que, após humilhação política e prisões, o bolsonarismo não tem mais poder de coesão automática.

Se o Centrão mantiver neutralidade ou buscar outro nome, e se a esquerda souber aproveitar essa crise do projeto autoritário-privilegiado, pode surgir uma oportunidade real de reorganização popular — para priorizar emprego, direitos sociais e soberania, e não retorno de salvadores da pátria.

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