Articulação alinha agenda da direita com interesses norte-americanos, gerando reação feroz da esquerda e ameaça à soberania nacional

A articulação política entre o Centrão e o bolsonarismo ganhou nova roupagem nesta quarta-feira (05/11/2025): parlamentares influentes tentam aprovar em bloco um projeto apelidado de “PL do Terror”, associado à agenda do Donald Trump, junto à chamada “Lei Antifacção” proposta pelo governo Lula.

Parlamentares da direita argumentam que o “PL do Terror” visa endurecer leis contra “organizações internacionais que fomentam o comunismo” e se encaixa estratégico-politicamente com os interesses trumpistas de expansão da doutrina “guerra ao terror”. A manobra ocorre em paralelo à “Lei Antifacção”, defendida pelo Executivo como instrumento para combater facções nacionais — porém, segundo críticos, desvia atenção para um discurso externo e permite agendas sobrepostas.

Do lado da esquerda e dos movimentos progressistas, a manobra é vista como combinação explosiva: “uma provocação” disse líder da bancada petista, alegando que a aprovação conjunta marca tentativa de “fusão entre política externa vassalo-servil e repressão doméstica”.

O episódio ressoa profundamente com o tema da soberania nacional: enquanto o governo trava negociações para defender o Brasil contra tarifas e sanções, esta ofensiva legislativa de parte do Congresso parece alinhar-se a uma agenda internacional de direita, subordinando-se a interesses externos em vez de priorizar um plano de industrialização ou autonomia diplomática.

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