Caso Master: mídia liberal recua sobre Moraes e coloca ministro Dias Toffoli na mira por acareação
Debate sobre acareação no STF aumenta foco em atuação de Toffoli no processo que envolve a liquidação do Banco Master

Após repercussão em setores da imprensa, a **narrativa midiática crítica ao ministro Alexandre de Moraes foi relativizada por parte da chamada “mídia liberal”, que agora tem colocado **o ministro Dias Toffoli — também do Supremo Tribunal Federal (STF) — no centro das atenções pela sua decisão de determinar uma **acareação no âmbito do caso Banco Master.
A mudança de foco ocorre justamente no momento em que Toffoli manteve a urgência da acareação entre investigados e testemunhas do processo, marcada para a próxima terça-feira (30) durante o recesso do Judiciário, apesar de questionamentos feitos pelo Banco Central (BC) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Acareação e controvérsia
A acareação no STF — procedimento que confronta versões de depoimentos de envolvidos — foi convocada pelo ministro Dias Toffoli no âmbito da investigação sobre irregularidades que levaram à liquidação extrajudicial do Banco Master, um episódio que envolveu estimativas de prejuízos bilionários e amplas controvérsias políticas e jurídicas.
Críticos da medida argumentam que a convocação da acareação em etapa tão precoce do processo, antes mesmo dos interrogatórios individuais e oitivas de testemunhas, foge à prática usual para esse tipo de procedimento e pode prejudicar o desenvolvimento das investigações. Além disso, especialistas têm apontado que a decisão de Toffoli pode levantar questões sobre a condução do caso pelo STF, impulsionando debate sobre limites da atuação da Corte.
Já o BC, um dos principais personagens no episódio que culminou na liquidação do banco sob suspeita de irregularidades, apresentou embargo de declaração ao STF pedindo esclarecimentos sobre a participação de seu diretor de fiscalização na acareação, questionando o momento escolhido para o confronto e os parâmetros legais para sua realização.
Reversão de narrativas e disputa política
Inicialmente, alguns setores da chamada mídia liberal haviam enfatizado especulações sobre suposta pressão do ministro Alexandre de Moraes sobre o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no contexto do caso Master — narrativas que sofreram recuo e foram relativizadas, abrindo espaço para que debates se concentrem agora na atuação de Toffoli.
A atenção sobre Toffoli cresceu justamente pelo fato de sua decisão de marcar a acareação em pleno recesso judicial, situação que foi mantida mesmo após pedidos de suspensão pela PGR, conforme noticiado a respeito da condução do processo no STF.
O episódio evidencia como o caso Banco Master continua a gerar tensão entre o Poder Judiciário, órgãos reguladores e o debate público, com diferentes interpretações sobre os limites das competências da Corte em assuntos que envolvem instituições financeiras e investigações complexas. Este debate jurídico tem se somado ao embate político mais amplo que ainda envolve repercussões nas esferas legislativa e midiática.
