O vereador Carlos Bolsonaro incendiou as redes sociais neste fim de semana ao disparar ataques contra aliados de Tarcísio de Freitas, acusando-os de traição e chamando-os de “putinhas do sistema”. A fala ocorre num contexto de crise aberta dentro da direita — após o campo bolsonarista anunciar a candidatura de Flávio Bolsonaro para 2026, relegando Tarcísio a plano de coadjuvante.

O acirramento político é claro. Segundo Carlos, os chamados “isentões” e “limpinhos” — aqueles que se vendiam como defensores da “união da direita” — abandonaram o projeto original, revelando-se o que sempre foram: “putinhas do sistema”. Em seu pronunciamento, ele afirma que houve traição ao legado bolsonarista, e que mais revelações virão.

Disputa interna — e o colapso de uma frente conservadora

O ataque de Carlos Bolsonaro evidencia algo incontornável: a direita vassalocrata ruiu como bloco coeso. A ofensiva verbal interna mostra que o apoio a Tarcísio — considerado por parte do mercado e da velha direita como o nome “moderado, governista e viável” — já não convence. A escolha de Flávio pelo clã Bolsonaro transformou aliados de peso em “traidores” aos olhos de quem ainda aposta na liderança da família.

Esse tipo de racha expõe um risco estratégico grave para o projeto conservador dominante: em vez de construir unidade, a base se fragmenta; em vez de disputar o futuro do país, repete disputas de vaidade e poder. A retórica de desconfiança e denúncia interna — resumida nas palavras duras de Carlos — revela que não há mais coesão ideológica ou de projeto.

O que isso representa para 2026 — e para a luta democrática

Para quem luta por justiça social, democracia e soberania, esse conflito interno é uma oportunidade concreta. A desunião da direita vassalocrata fragiliza suas pretensões eleitorais e cria uma janela para retomada da política por parte da sociedade popular.

Mas também é um alerta: não basta contar com o desgaste da direita — é preciso consolidar uma alternativa popular, democrática e comprometida com os interesses do povo. Quando o inimigo implodir por dentro, cabe a nós ocupar o espaço, reforçar a resistência e oferecer um projeto que represente de fato mudanças estruturais.

Conclusão: o racha que desmoraliza

A fúria de Carlos Bolsonaro não é só um ataque pessoal: é o grito de desespero de uma direita que já não sabe como se manter unida. Ao chamar aliados de “putinhas do sistema”, ele revela que o bolsonarismo — longe de ser uma força política coerente — virou disputa interna por poder, controle e sobrevivência midiática.

Para nós, que acreditamos em democracia, soberania e justiça social, a implosão da extrema-direita vassalocrata representa não apenas um revés para o arbítrio, mas uma oportunidade histórica. Que o racha se aprofunde — e que o Brasil se reencontre com sua voz real, coletiva e popular.